Author Archives: Vitor Silva

Será a Teoria da Evolução Uma Religião?

Quanto mais leio sobre o assunto, e não falo de revistas cor-de-rosa ligadas ao Cristianismo mas sim de publicações académicas que estudam a origem e a “evolução” dos organismos vivos, fico cada vez mais convencido que de facto, a chamada Teoria da Evolução -Darwinismo- não é nada mais do que uma religião, que ao contrário de outras, não desce à Terra pela mão de deuses, mas sobe ao céu pela mão do Homem.

Devido à gritante falta de tempo dos últimos dias e à falta de um texto da minha autoria ou traduzido por mim, deixo-vos com um excerto e o convite para lerem o artigo traduzido por Mats do blog Darwinismo (original aqui), que traz uma conclusão bem pungente para todos aqueles que defendem a Teoria da Evolução como facto, ora repare:

Num livrete com o título tendencioso de “Ciência e Criacionismo“, o “Council of the National Academy of Science” emitiu a seguinte resolução:
“A religião e a ciência são domínios separados e mutuamente exclusivos do pensamento humano, cuja apresentação no mesmo contexto leva a um mau entendimento tanto das teorias cientificas, como da crença religiosa.”
Concordo plenamente, e desafio-os a descobrirem um mecanismo testável e decorrente que confirme a procedência animal do ser humano, que seria então uma ciência legítima. De outro modo, vamos dar os nomes certos às coisas e dizer aos estudantes que, na ausência dum mecanismo observável, a teoria da evolução é uma religião.

(o negrito é meu)

Ensinar às nossas crianças que elas são o produto de mutações genéticas aleatórias debaixo do capricho da sorte + enormidade de tempo, é o primeiro passo para que elas suprimam a verdade de Deus nas suas próprias injustiças (pecados, falhas, faltas… más acções), conforme Paulo nos avisa no primeiro capítulo da sua carta aos Romanos 1:18-22:

Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça,
pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.
Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis;
porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram.
Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos

Acompanhem as matérias que os vossos filhos são obrigados a estudar nas escolas, e estejam sempre preparados para não só ouvir as suas dúvidas mas acima de tudo dissipá-las, de uma forma biblicamente saudável, para que elas cresçam a honrar a Deus, e não a fazerem de tudo para O enterrar nas suas mentes carregadas de falsos ensinos e pseudo-ciência.

Promoção: Livro “Cold Case Christianity” Grátis!

Há alguns dias trouxe até ao Apologia.pt um artigo de J. Warner Wallace, um detective de homicídios que, enquanto ateu, utilizou as suas técnicas de investigação forense para investigar as reivindicações do Cristianismo, especificamente os relatos dos Evangelhos, e tentou aferir dessa forma a sua veracidade.

Algum tempo depois, este agora Cristão, lançou um livro que é considerado no círculo da Apologética Cristã uma obra de grande valor e importância para todos aqueles que usam a razão e as evidências da Ciência e da História para apresentar uma Defesa do Cristianismo.

Tenho o enorme prazer de anunciar que a versão digital desse livro em Inglês está com uma promoção neste momento e nos próximos dias (julgo que até dia 13, por isso aproveitem rápido!) e dessa forma qualquer pessoa o poderá obter gratuitamente através da plataforma Kindle ou Google Play Livros.

Breve introdução ao livro

Escrito por um ex-ateu e detective de homicídios do condado de Los Angeles, Cold-Case Christianity examina as reivindicações do Novo Testamento, usando as habilidades e estratégias de um investigador criminal bastante cético.

O Cristianismo pode ser definido como um “Caso Arquivado”: faz uma afirmação sobre um evento do passado distante para o qual há pouca evidência forense. Em Cold-Case Christianity, J. Warner Wallace usa as suas reconhecidas habilidades como um detective de homicídios ao analisar as provas e testemunhas oculares por detrás das crenças cristãs. Incluindo histórias emocionantes da sua carreira e as técnicas visuais que ele desenvolveu nas salas de tribunal, Wallace usa ilustrações para examinar as provas poderosas que validam as reivindicações do cristianismo.

Uma obra apologética única que fala com intensidade aos leitores interessados em histórias de detective, Cold-Case Christianity inspira os leitores a terem confiança em Cristo, ao mesmo tempo que os prepara para articular uma defesa do Cristianismo.

 

Poderá obter o livro seguindo os links seguintes na

Loja Kindle
ou na
Loja dos Livros Google

Boas leituras!

 

Edit: Promoção terminada! Espero que a tenham aproveitado. 
Mais tarde irei fazer uma análise ao livro e publicar aqui.

Teoria da Evolução?

Leiam por favor com todo o cuidado e atenção a seguinte mensagem, que vos trago do Site “A Jornada” de Randal Niles, um ex-ateu praticante que se lançou numa viagem crítica na tentativa de analisar a validação lógica do ateísmo quando directamente confrontado com os factos que a Ciência e a História nos dão a conhecer em pleno século 21.

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Para quem conhece a motivação do Apologia.pt já deverá suspeitar o que aconteceu com o agora Cristão Randal Niles, mas deixo um excerto de uma das suas páginas onde ele relata a sua procura pela verdade no mundo das Ciências, nomeadamente relacionadas com a Teoria da Evolução, ou Darwinismo, a rocha de repouso intelectual do ateu. Se aqueles que se identificam com o ateísmo tão somente abrissem os olhos e não aceitassem com uma fé cega aquilo que lhes é dito sobre a suposta evolução do Ser Humano…

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Teoria da Evolução – Como realmente funciona?
A teoria da evolução, conforme ilustrada na árvore evolutiva na minha sala de aula do ensino secundário, só lidava com a cadeia macro-evolutiva entre seres orgânicos. Através de um rápido estudo, eu encontrei pelo menos outras cinco etapas fundamentais de evolução que seriam necessárias antes de qualquer possibilidade de vida orgânica. Na verdade, na teoria geral, cada etapa parecia ser essencial para a próxima…

A primeira é a “Evolução Cósmica” – a ideia de que o tempo, espaço, matéria e energia de alguma forma “explodiram” (ou expandiram) do nada devido ao repentino “big bang”, causando o nascimento do nosso universo. A segunda etapa é a “Evolução Estelar”. Já que se acredita que o Big Bang produziu apenas hidrogénio, hélio e uma variedade de partículas subatómicas, esses elementos devem-se ter de alguma forma condensado em estrelas por algum tipo de processo evolutivo. A terceira fase é a “Evolução Química”. De acordo com o pensamento geral, os únicos elementos químicos produzidos pelo Big Bang foram hidrogénio e hélio (e possivelmente lítio). Como resultado do calor e da pressão incríveis no interior das estrelas, os elementos originais de alguma forma evoluíram para os outros 88 elementos químicos que ocorrem naturalmente e que são observados hoje.

A quarta etapa é a “Evolução Planetária”. Os elementos químicos que supostamente evoluíram dentro das estrelas antigas foram de alguma forma ejetados, possivelmente por mortes violentas dos ciclos de vida estelar, libertando grandes nuvens de compostos espirais. Essas nuvens de elementos químicos de alguma forma formaram sistemas solares bem organizados/sintonizados, incluindo o nosso. A quinta fase é a “Evolução Orgânica” (também conhecida como “geração espontânea”). A teoria é que o planeta Terra começou como uma massa de matéria fundida alguns biliões de anos atrás. Ao esfriar, tornou-se uma rocha sólida e seca. Depois, choveu sobre as rochas por milhões de anos, formando grandes oceanos. Eventualmente, essa “sopa de rocha pré-biótica” (rocha + água) passou a existir e gerou os primeiros sistemas orgânicos de auto-replicação.

OK, neste ponto eu tinha mais perguntas do que nunca, mas pelo menos eu tinha alcançado a base da tão chamada árvore de evolução. Aqui é onde ocorre a sexta fase da teoria geral da evolução – “macro-evolução”. Acredita-se que todas as criaturas vivas compartilham um ancestral comum: um organismo unicelular relativamente “simples” que evoluiu a partir de matéria inorgânica (a chamada “sopa de pedra”). Essencialmente, os pássaros e as bananas, os peixes e as flores, são todos geneticamente relacionados. Ah, precisamos adicionar mais um … O sétimo e último estágio da teoria é “micro-evolução”. Micro-evolução é a variação e variedade de características expressas em “tipos” de organismos sexualmente compatíveis. Os exemplos incluem as diferenças entre os vários tipos de cavalos, cães, gatos, etc. Esta variação “dentro de uma espécie” é o que Darwin observou em meados do século 1800 e o que nós ainda observamos hoje …

OK, vamos recapitular … A teoria evolutiva aparenta ter sete fases distintas, interrelacionadas e estabelecidas pela ciência, na seguinte ordem:

Evolução Cósmica. O desenvolvimento do espaço, tempo, matéria e energia a partir do nada.

Evolução estelar. O desenvolvimento de estrelas complexas a partir dos primeiros elementos caóticos.

Evolução Química. O desenvolvimento de todos os elementos químicos provenientes dos dois primeiros.

Evolução planetária. O desenvolvimento de sistemas planetários a partir de elementos espirais.

Evolução orgânica. O desenvolvimento da vida orgânica a partir de matéria inorgânica (rocha).

Macro-evolução. O desenvolvimento de um tipo de vida a partir de um outro tipo totalmente diferente.

Micro-evolução. O desenvolvimento de variações dentro do mesmo tipo de vida.

Curiosamente, os livros de ciência e os documentários de televisão declaram que apenas a sétima fase – Micro-Evolução – tem sido observada e documentada. As seis primeiras fases da evolução são apenas suposições … Mas tudo bem, não é lógico usar observações micro-evolucionárias para ligar os pontos em todos as outras necessárias “fases de evolução”?

Espere um momento. Mas de onde isto veio em primeiro lugar? Será que realmente começou com Darwin? Posso encontrar todas essas informações no livro de Darwin? Será que cheguei a ler esse livro? Parece que toda a gente se lembra de ter lido o livro “Origem das Espécies”, mas quantos de nós realmente o possuímos? A evolução Darwiniana foi apresentada como um facto tão estabelecido na minha classe de biologia de secundário que eu achava que não havia nenhum motivo para voltar e ler a dissertação original e teórica … Esse era o meu pensamento naquela época, mas agora tudo era diferente, por isso decidi ler o livro de Darwin por mim mesmo…

Próxima página.

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Este pequeno excerto permite perceber alguma da complexidade que envolve os processos chamados “evolutivos” por aqueles que se dizem ateus. Desta forma recomendo a leitura das páginas seguintes do Site de Internet onde Randal Niles nos dá a conhecer o trajeto da sua viagem do ateísmo para o Cristianismo, e qual deverá ser o destino comum para aqueles que se dizem racionais e sustentam as suas decisões com base na lógica.

Eu apenas posso partilhar a informação, a escolha final terá de ser sua, mas eu confio que usará de razão para se aproximar do Deus que o/a criou e não da fé cega que os ateus têm numa (falsa) cosmovisão materialista/evolucionista para se afastar Dele.

Se estiver interessado em saber mais sobre esta “viagem”, leia mais aqui.

Se quiser saber mais sobre descobertas científicas atuais que desmistificam a chamada Teoria da Evolução / Darwinismo, viste o site Darwinismo, com novos artigos científicos traduzidos para Português quase diariamente.

Porquê as Escrituras? – Uma Defesa do Novo Testamento

Devemos confiar nos manuscritos dos quais recolhemos os relatos que hoje compõem o Novo Testamento? São esses relatos verdadeiros? São coerentes? O que dizem os autores da época sobre os eventos descritos? E a arqueologia?

Veja porque motivos podemos ter total confiança nos eventos descritos no Novo Testamento, na sexta apresentação da série “Porquê?”

 

Evidências Históricas da Bíblia

Para aqueles que ainda têm algumas dúvidas sobre se as descobertas da arqueologia que se fizeram até ao dia de hoje validam ou refutam os relatos bíblicos, deixo o convite para verem este recente episódio do programa Evidências da editora Novo Tempo, apresentado pelo arqueólogo Rodrigo Silva, já conhecido dos amigos leitores através de duas mensagens aqui anteriormente partilhadas. Esta e esta.

Lembrem-se, a fé que temos na obra já completa por Jesus é uma fé racional, validada pelas descobertas científicas e, neste caso em particular, pelo que a História nos conta do que aconteceu no passado. Quem valoriza o uso da razão, deve equacionar a mensagem do Evangelho.

A Diferença Entre Acreditar nos Evangelhos e Confiar no Evangelho

Traduzido do Cold Case Christianity, de J. Warner Wallace:

Eu inclinei-me para ela e disse “Acho que pode ser verdade”. “O que é que pode ser verdade?”, perguntou a Susie. “O Cristianismo”, respondi. “Quanto mais olho para os Evangelhos, mais me parecem ser testemunhos oculares reais”.JWarnerWallace

Passei meses a examinar as afirmações dos Evangelhos, a avaliá-los utilizando o modelo que tipicamente aplico às testemunhas oculares durante as minhas investigações criminais. No fim da minha análise, estava confiante na sua fiabilidade. Eu acreditei que os Evangelhos me estavam a contar a verdade sobre Jesus. Mas eu ainda não era um Cristão. Eu tinha aquilo a que me refiro muitas vezes por “acredito que”. Examinei o que os Evangelhos tinham a dizer sobre Jesus, e depois de os testar rigorosamente fiquei com confiança na sua precisão, que a idade dos documentos era próxima aos factos ocorridos, que a sua transmissão foi feita de forma confiável e na não-existência de um de relato tendencioso.

Mas eu ainda tinha uma questão profundamente importante por responder: “O que significa a cruz no meio disto? Por que é que Jesus teve que morrer assim?” A minha esposa, Susie, tinha sido criada como católica cultural [ndt: alguém que diz ter uma crença mas que se aplica de forma meramente social, na linguagem, nos hábitos, nos costumes, na prática de ir à Igreja, etc, sem que isso represente um novo nascimento em Cristo], e embora ela estivesse familiarizada com a linguagem e as doutrinas do catolicismo, a sua resposta foi simplesmente: “Eu realmente não sei”. Depois de meses de investigação, eu acreditava que os Evangelhos me falavam sobre Jesus, mas eu ainda não estava pronto para aceitar o Evangelho da Salvação.

Ontem, a CBN [ndt: Rede de Televisão e Internet Cristã] noticiou a história da minha viagem de “acredito que” para “acredito em”. É realmente a primeira vez que eu conto esta história de forma completa, e espero que ela o(a) ajude a ver o papel que as evidências podem desempenhar, movendo-nos da concordância intelectual à submissão voluntária.

Para mim, a transição de “acredito que” para “acredito em” pode ser resumida de forma simples. A minha investigação a Jesus trouxe-me a um lugar de certeza e confiança. O que eu li sobre Jesus nos Evangelhos levou-me ao “acredito que”. Mas o que eu li sobre mim nos Evangelhos levou-me ao “acredito em”. Durante meses foquei-me em testar a fiabilidade dos Evangelhos sem realmente abraçar os ensinamentos de Jesus relacionados com a minha própria condição de Ser Humano. Ainda me lembro onde eu estava quando comecei a ler esses relatos através de uma nova perspectiva, desta vez olhando para o que eles disseram sobre a minha própria natureza humana. Foi convincente.

Eu nunca fui alguém que se considerasse como uma pessoa má. Na verdade, o meu papel como agente de polícia só amplificou o meu orgulho e sentimento próprio de “bondade”. Mandei bandidos para a cadeia. Eu pensava que entendia a diferença entre o certo e o errado, o bem e o mal. Eu estava de um lado das barras, as pessoas más estavam do outro. Mas o Novo Testamento corroeu a minha confiança na minha própria justiça. Quando eu me vi nas páginas das Escrituras, eu tive de admitir a sua exatidão. Elas descreviam-me na perfeição. Quanto mais eu as lia, mais reconhecia a minha necessidade de um Salvador. De repente, o Evangelho fazia sentido.

Toda a cosmovisão [ndt: a forma como vemos e interpretamos o mundo] faz e responde a três perguntas: Como chegamos até aqui, porque motivo está tudo tão estragado, e como o podemos corrigir? Quando entendi a resposta para a segunda pergunta, fiquei pronto para abraçar a resposta para a terceira. O nosso problema é a rebelião, o mesmo tipo de rebelião que eu tinha vindo a demonstrar de forma tão vívida durante 35 anos como um não-crente. Como o podemos corrigir? O Evangelho. Quando eu entrei pela primeira vez numa igreja evangélica e ouvi o pastor a descrever Jesus, eu não estava pronto para aceitar a mensagem da Salvação. Eu tinha que começar por analisar os relatos das testemunhas do Evangelho.

Esta investigação aos Evangelhos levou-me a um estado de preparação. Eu estava preparado, como resultado da minha investigação, para ouvir o que Jesus tinha a dizer sobre mim. Não haja equívoco sobre isto, a minha anterior ideia de “acredito que” não era uma fé que salva. Mas o atual “acredito em” não teria sido tão robusto se não fosse a confiança nas evidências que recolhi na minha investigação inicial. O “acredito que”, quando fundamentado com evidências necessárias para o “acredito em” torna-se muito mais apto para um envolvimento confiante e vigoroso no mundo. Este é um aspeto muitas vezes esquecido na apresentação de uma defesa do Cristianismo baseado em evidências ( apologética ). Mas, a confiança baseada em informação tem uma aparência diferente da fé cega. Eu consigo ver a diferença quando viajo por todo o país. Quando as nossas perguntas são respondidas e as evidências são claras, começamos a viver de uma forma diferente. Quando estamos confiantes que os Evangelhos são uma precisa descrição -no que dz respeito às evidências de que dispomos- da história da humanidade, somos muito mais propensos a compartilhar a nossa confiança no Evangelho da Salvação.

J. Warner Wallace é um detetive de casos de homicído arquivados, defensor do Cristianismo, e autor de Cold-Case Christianity e ALIVE

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Bom é que todos os amigos leitores possam analisar de forma coerente as reivindicações do Cristianismo e só depois escolher se querem aceitar a mensagem do Evangelho. Depois, não antes. A eternidade é muito tempo para se estar errado!

 

A Obra do Espírito Santo na Regeneração

Ontem, alguém com a destreza que a lógica confere e após uma explicação minha sobre o sermos salvos somente pela fé (e não pelas obras que praticamos), perguntou o seguinte: “Mas, se não somos salvos pelas obras o que distingue uns de outros? Um Cristão pode seguir a sua vida a praticar más obras?”.

Como fazer então a distinção? Alguém que diz crer em Jesus como seu Salvador e que mantém um padrão de vida não condizente com o padrão cristão, está salvo?
A Bíblia dá-nos autoridade para emitir uma opinião devidamente fundamentada neste casos?

Dá, e de que maneira! A Palavra de Deus é clara: Naquele que crê genuinamente, Deus nele faz habitar o Espírito Santo, que produz, desde logo, uma regeneração efetiva e notória.
Se o crente em Deus por Jesus Cristo não notar uma modificação no seu “eu” interior, nas suas vontades, desejos, ambições, paixões, na sua maneira de falar e de agir, na forma como lida com a imperfeição dos outros, na forma como se dedica a ler a bíblia, a orar, a aprofundar a sua ligação a Deus, etc, então há um sério aviso na sua vida e essa pessoa deverá fazer uma profunda avaliação sobre a validade da sua escolha quando aceitou a mensagem do Evangelho.

A ação é clara…
“Mas, todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor
2 Coríntios 3:18

… e o resultado deverá ser notório…
“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança
Gálatas 5:22

Logo após falar com essa pessoa, fiquei com vontade de escrever um artigo a falar na Regeneração produzida pelo Espírito Santo, e eis senão quando, hoje mesmo, me deparo com este artigo do site Monergismo, bastante completo e que aborda precisamente este assunto. Boa leitura:

A Obra do Espírito Santo na Regeneração

John_Owen

por John Owen

A obra do Espírito Santo na regeneração de almas precisa ser estudada e claramente compreendida pelos pregadores do evangelho, e por todos aqueles a quem a Palavra de Deus é pregada. É pelos verdadeiros pregadores do evangelho que o Espírito Santo regenera as pessoas (lCo.4:15; Fm.10; At.26: 17,18). Por isso, todos aqueles que pregam o evangelho precisam conhecer totalmente a regeneração para que possam com Deus e o Seu Espírito trazer almas ao “novo nascimento”. É também dever de todos os que ouvem a Palavra de Deus estudar e entender a regeneração (2Co.13:5).
O grande trabalho do Espírito Santo é a obra de regeneração (Jo.3:3-6). Certa noite Nicodemus, um mestre de Israel, veio até Jesus, que lhe disse: “se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (…) O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”. O nosso Senhor tendo o conhecimento de que a fé e a obediência a Deus, e a nossa aceitação da parte de Deus, dependem de um novo nascimento, fala a Nicodemus do quão necessário é nascer de novo. Nicodemus fica surpreso com isso, e assim Jesus segue adiante a ensinar-lhe que obra de regeneração é esta. Ele diz: “quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus” (v.5).

A regeneração, portanto, ocorre por meio “da água e do Espírito”. O Espírito Santo faz a obra de regeneração na alma do homem, da qual a água é o sinal exterior. Este símbolo externo é um solene compromisso e selo do pacto que até então lhes vinha sendo anunciado por João Batista. A água pode também significar o próprio Espírito Santo.

João nos fala que todos aqueles que receberam a Cristo só o fizeram por terem nascido de Deus (Jo. 1:12,13). Nem a hereditariedade, nem a vontade do homem podem produzir um novo nascimento. A obra como um todo é atribuída tão-somente a Deus (veja também Jo.3:6; Ef.2:1,5; Jo.6:63; Rm.8:9,10; Tt.3:4-6).

É sempre importante lembrar que toda a Trindade está envolvida nesta obra de regeneração. Ela se origina na bondade e no amor de Deus como Pai (Jo.3:16; Ef.1:3-6), da Sua vontade, propósito e conselho. É uma obra do Seu amor e graça. Jesus Cristo nosso Salvador a adquiriu para pecadores (Ef. 1:6). Mas o verdadeiro “lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” nas nossas almas é obra do Espírito Santo (Tt.3:4-6).

Todavia o meu presente objetivo é confirmar os princípios fundamentais da verdade concernente a essa obra do Espírito Santo que vêm sendo negados e combatidos.

A REGENERAÇÃO NO VELHO TESTAMENTO

No Velho Testamento a obra de regeneração ocorria desde a fundação do mundo, e foi registrada nas Escrituras. Contudo o seu conhecimento era muito vago comparado ao conhecimento que temos dela no evangelho.

Nicodemus, um importante mestre de Israel, declarou a sua ignorância quanto a isso. “Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?”. Cristo maravilhou-se de que um mestre de Israel não conhecesse esta doutrina da regeneração. Estava nitidamente declarado nas promessas especificas do Velho Testamento, como também em outras passagens (conforme veremos), que Deus haveria de circuncidar os corações do Seu povo, tirar-lhes o coração de pedra e dar-lhes um coração de carne. Em sua ignorância os mestres de Israel imaginavam que a regeneração significava apenas uma reforma de vida. De modo semelhante muitos hoje consideram a regeneração como nada mais que o esforço para se levar uma vida moral. Mas se a regeneração significar nada mais do que se tornar um novo homem moral — algo a que todos, tanto mais ou menos, recomendam — dessa forma o nosso Senhor Jesus Cristo, bem mais do que esclarecer a Nicodemus sobre esta questão, a obscureceu mais ainda.

O Novo Testamento ensina claramente que o Espírito Santo faz uma obra secreta e misteriosa nas almas dos homens. Agora, se esta obra secreta e misteriosa for na verdade apenas uma reforma moral que capacita os homens a viverem melhor, se for apenas um convencimento externo para abandonar o mal e se fazer o bem, então, a doutrina da regeneração ensinada por Cristo e todo o Novo Testamento, é definitivamente incompreensível e sem sentido.

A regeneração e a doutrina da regeneração existiram no Velho Testamento. Os eleitos de Deus, de qualquer geração, nasceram de novo pelo Espírito Santo. Mas antes da vinda de Cristo, todas as coisas dessa natureza, estavam “desde o princípio do mundo, ocultas em Deus” (Ef.3:9 — tradução literal NKJV).

Mas agora chegou o grande médico, aquele que haveria de curar a terrível ferida das nossas naturezas pela qual estávamos mortos em nossos “delitos e pecados”. Ele abre a ferida, mostra-nos o quão é terrível e revela a situação de morte que ela trouxe sobre nós. Ele assim o faz para que sejamos verdadeiramente agradecidos quando nos curar. Assim pois, nenhuma doutrina é mais completa e claramente ensinada no evangelho do que esta doutrina da regeneração.

Quão corrompidos, portanto, são os que a negam, desprezam e rejeitam.

A CONSTANTE OBRA DO ESPÍRITO

Os eleitos de Deus não eram regenerados de uma maneira no Velho Testamento e de outra completamente diferente, pelo Espírito Santo, no Novo Testamento. Todos eram regenerados de um mesmo modo pelo mesmo Espírito Santo. Aqueles que foram milagrosamente convertidos, como Paulo, ou que em suas conversões lhes foram concedidos dons miraculosos, como muitos dos cristãos primitivos, não foram regenerados de um modo diferente de nós mesmos, que também temos recebido esta graça e privilégio.

Os dons miraculosos do Espírito Santo nada tinham a ver com a Sua obra de regeneração. Não eram a comprovação de que alguém havia sido regenerado. Muitos dos que possuíram dons miraculosos jamais foram regenerados; outros que foram regenerados jamais possuíram dons miraculosos.

É também o cúmulo da ignorância supor que o Espírito Santo no passado regenerava pecadores miraculosamente, mas que agora Ele não o faz de modo milagroso, mas por persuadir-nos que não é razoável que não nos arrependamos dos nossos pecados.

Jamais cairemos neste erro se considerarmos o seguinte:

a) A condição de todos os não-regenerados é exatamente a mesma. Uns não são mais não-regenerados que outros. Todos os homens são inimigos de Deus. Todos estão sob a Sua maldição (Sl.51:5;Jo.3:5, 36; Rm.3:19; 5:15-18; Ef.2:3; Tt.3:3,4).

b) Há variados níveis de malignidade nos não-regenerados, assim como há diversos níveis de santidade entre os regenerados. Todavia o estado de todos os não-regenerados -é o mesmo. Todos carecem de que se faça neles a mesma obra do Espírito Santo.

c) O estado a que os homens são trazidos pela regeneração é o mesmo. Nenhum é mais regenerado do que outro, contudo uns podem ser mais santificados que outros. Aqueles gerados por pais naturais nascem de um mesmo modo, embora alguns logo superem os outros em perfeições e habilidades. O mesmo também ocorre com todos os que são nascidos de Deus.

d) A graça e o poder pelos quais esta obra de regeneração é operada em nós são os mesmos. A verdade é que aqueles que desprezam o novo nascimento, fazem-no porque desprezam a nova vida. Aquele que odeia a idéia de viver para Deus, odeia a idéia de ser nascido de Deus. No final, entretanto, todos os homens serão julgados por esta pergunta: “Você nasceu de Deus?”.

A COMPREENSÃO ERRADA SOBRE A REGENERAÇÃO

Em primeiro lugar regeneração não é meramente ser batizado e dizer: “eu me arrependi”. A água do batismo é apenas um sinal externo (lPe.3:21). A água mesmo só pode molhar e lavar alguém da “imundícia da carne”. Mas como um sinal exterior ela significa “uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo” (lPe.3:21. Veja Hb.9:14; Rm.6:3-7). O apóstolo Paulo faz claramente a distinção entre a ordenança exterior e o ato de regeneração em si mesmo (Gl.6:15). Se batismo acompanhado de confissão de arrependimento for regeneração, então todos aqueles que foram batizados e se confessaram arrependidos têm de ser regenerados. Mas é claro que isso não é assim (veja At.8: 13 com os vv. 21, 23).

Em segundo lugar a regeneração não é uma reforma moral da vida exterior e do comportamento. Por exemplo, suponhamos uma tal reforma exterior pela qual alguém volta-se de fazer o mal para fazer o bem. Deixa de roubar e passa a trabalhar. Não obstante, haja o que houver de justiça real nessa mudança moral exterior de comportamento, ela não procede de um novo coração e de uma nova natureza que ama a justiça. É tão-somente pela regeneração que um corrupto e pecaminoso inimigo da justiça pode ser trazido a amá-la e a deleitar-se em praticá-la. Há os que escarnecem da regeneração como sendo inimiga da moralidade, justiça e reforma, mas um dia hão de descobrir o quanto estão errados.

A idéia de que a regeneração nada mais é do que uma reforma moral da vida, procede da negação do pecado original e do fato de sermos maus por natureza. Se não fôssemos maus por natureza, se fôssemos bons no fundo do nosso coração, então não haveria necessidade de nascermos de novo.

A REGENERAÇÃO NÃO PRODUZ EXPERIÊNCIAS SUBJETIVAS.

A regeneração nada tem a ver com enlevos extraordinários, êxtases, ouvir vozes celestiais ou com qualquer outra coisa do tipo. Quando o Espírito Santo faz a Sua obra de regeneração nos corações dos homens, Ele não vem sobre eles com grandes e poderosos sentimentos e emoções aos quais não podem resistir.

Ele não se apodera dos homens como os maus espíritos se apossam das suas vitimas. Toda a Sua obra pode ser racionalmente compreendida e explicada por todo aquele que crê na Escritura e recebeu o Espírito da verdade que o mundo não pode receber. Jesus disse a Nicodemus: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai”, assim é com a obra de regeneração do Espírito Santo.

A NATUREZA DA REGENERAÇÃO

Regeneração é colocar na alma uma nova lei de vida que é verdadeira e espiritual, que é luz, santidade e justiça, que leva à destruição de tudo o que odeia a Deus e luta contra Ele. A regeneração produz uma milagrosa mudança interior do coração. “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura”. A regeneração não se dá pelos sinais exteriores de uma mudança moral do coração e é muito distinta deles (Gl.5:6; 6:15).

A regeneração é um ato onipotente de criação. Um novo princípio ou lei é criado em nós pelo Espírito Santo (Sl.51:10; Ef.2:10). Esta nova criação não é um novo hábito formado em nós, mas uma nova capacidade e faculdade. É chamada, portanto, de “natureza divina” (2Pe. 1:4). Esta nova criação é o revestir de uma nova capacidade e faculdade criada em nós por Deus e que traz a Sua imagem (Ef.4:22-24).

A regeneração renova as nossas mentes. Ser renovado no espírito de nossas mentes significa que as nossas mentes possuem agora uma nova e salvadora luz sobrenatural que as capacita a pensarem e a agirem espiritualmente (Ef.4:23; Rm.12:2). O crente é renovado em “conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Cl.3:10).

O NOVO HOMEM

Esta capacidade e faculdade nova produzida em nós pela regeneração é chamada de “novo homem”, porque envolve uma completa e total mudança da alma, de onde procede toda ação espiritual e moral (Ef.4:24). Este “novo homem” é contraposto ao “velho homem” (Ef.4:22,24). Este “velho homem” é a nossa natureza humana corrompida que tem a capacidade e faculdade de produzir pensamentos e atos malignos. O “novo homem” está capacitado e habilitado a produzir atos religiosos, espirituais e morais (Rm.6:6). Denomina-se de “novo homem” porque é uma “nova criação de Deus” (Ef.l:19; 4:24; Cl.2:12, 13; 2Ts.1:11).

Este “novo homem” é criado de imediato, num átimo. É por isso que a regeneração não pode ser uma mera reforma de vida, que é o trabalho de toda uma vida (Ef.2:10). É a obra de Deus em nós que antecede todas as nossa obras para com Deus. Somos feitura de Deus, criados para produzir boas obras (Ef.2: 10).

Assim pois não podemos produzir boas obras aceitáveis a Deus sem que primeiro Ele produza esta nova criação em nós. Está dito que este “novo homem” é “criado segundo Deus [i.e., à Sua imagem], em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef.4:24). A imagem de Deus no primeiro homem não foi uma reforma de vida. Nem foi um padrão de bom proceder. Adão foi criado à imagem de Deus antes que fizesse qualquer boa obra. Esta imagem de Deus era a capacidade e faculdade dada a Adão para viver uma vida tal que manifestasse verdadeiramente o caráter santo e justo de Deus. Tal capacidade e faculdade foi dada a Adão antes mesmo dele começar a viver para Deus. É verdadeiramente indispensável que o mesmo ocorra também conosco. Primeiro, a imagem de Deus, a qual é o “novo homem”, é novamente criada em nós. Então podemos começar mais uma vez a apresentar em nossas vidas o caráter santo e justo de Deus (Lc.6:43; Mt.7:18).

A ALIANÇA DE DEUS

Deus já nos tem dito como nos trata em Sua aliança (Ez.36:25-27; Jr.31:33; 32:39,40). Ele primeiro lava e limpa a nossa natureza; arranca o nosso coração de pedra e dá-nos um coração de carne; escreve as Suas leis em nossos corações e coloca o Seu Espírito em nós para nos capacitar a guardar essas leis. É isso o que significa regeneração. Que também é descrita como o santificar, o tornar santo todo nosso espírito, alma e corpo (lTs.5:23).

COMPROVADO PELA ESCRITURA

O Espírito Santo não opera de qualquer outro modo senão por aquilo que nos mostra a Escritura. Tudo que alega ser obra de regeneração Sua, precisa ser comprovado pela Escritura. O Espírito Santo, por ser onisciente, conhece as nossas naturezas perfeitamente, e por isso sabe com exatidão como operar nelas sem as ferir ou danificar, sem forçá-las de modo algum a concordar com a Sua vontade.

A pessoa ao ser regenerada, jamais, em momento algum, sente que está sendo malignamente forçada contra a sua vontade. A despeito disso, muitos que são verdadeiramente regenerados têm sido tratados pelo mundo como se fossem loucos, ou algum tipo de fanático religioso (2Rs.9:11; Mc.3:21; At.26:24, 25).

A obra do Espírito Santo na regeneração de almas precisa ser estudada e claramente compreendida pelos pregadores do evangelho, e por todos aqueles a quem a Palavra de Deus é pregada. É pelos verdadeiros pregadores do evangelho que o Espírito Santo regenera as pessoas (lCo.4:15; Fm.10; At.26: 17,18). Por isso, todos aqueles que pregam o evangelho precisam conhecer totalmente a regeneração para que possam com Deus e o Seu Espírito trazer almas ao “novo nascimento”. É também dever de todos os que ouvem a Palavra de Deus estudar e entender a regeneração (2Co.13:5).

A regeneração foi-nos revelada por Deus (Dr.29:29). Assim pois não estudar nem tentar compreender esta grande obra é revelar a nossa própria estultícia e loucura. Enquanto não tivermos nascido de Deus nada poderemos fazer que Lhe agrade, nem obtemos dEle quaisquer consolações, e nada somos capazes de entender a Seu respeito ou sobre o que Ele está realizando no mundo.

Há o grande perigo de que os homens possam estar enganados quanto à regeneração e que estejam, portanto, eternamente perdidos. Crendo erroneamente que podem obter o céu sem que lhes seja necessário nascer de novo, ou que havendo nascido de novo podem continuar a levar uma vida pecaminosa. Tais opiniões contradizem claramente o ensinamento do nosso Senhor e dos apóstolos (Jo.3:5; 1Jo.3:9).
Fonte:
Jornal Os Puritanos – Ano X – No 04 – Out./Nov./Dez./2002
(Extraído do Livro “O Espírito Santo”, do teólogo puritano John Owen (O Príncipe dos Puritanos), publicado pela Banner Of Truth, cap 8, pg 43-51.
Adaptado das suas obras para uma linguagem contemporânea por R.J.K. Law.)

(partilhado do Monergismo)

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