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“Noé” e Outras Coisas Que Não Nos Convêm

Em 1 Coríntios 6 versículo 12, Paulo diz-nos o seguinte:

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.

Temos por vezes dificuldade em perceber como se aplicam as verdades que encontramos na Palavra de Deus às situações do nosso quotidiano, aos mais variados momentos do dia-a-dia. Este não é o caso. Poderia falar sobre inúmeras situações onde este conselho que Paulo nos traz na sua carta à Igreja de Corinto se aplicaria, mas aproveito o lançamento do novo filme “Noé” de Russell Crowe para o abordar de forma clara e prática.

Tomem atenção ao seguinte artigo que o “Wintery Knight” escreveu no seu blog, o qual traduzo abaixo.

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[Retirado daqui]

Esta análise ao filme no blog do Matt Walsh deve ajudá-lo a poupar algum dinheiro.

Ele escreve:

Na Sexta, eu e a minha mulher tivemos uma muito rara saída romântica.

Naturalmente, decidimos aproveitar a noite para sermos atacados pela condescendência estridente da peça de cinema anti-cristão mais insípida, absurda, sem imaginação, sem jeito, e artificial que existe desde, bem, provavelmente desde a semana passada.

“Noah” é um grande sucesso de Hollywood, realizado por um ateu que ficou conhecido pelo seu anterior filme, onde uma bailarina lésbica mentalmente perturbada enlouquece e sangra até à morte no palco.

Por esta altura, uma pessoa crítica pode estar já um pouco preocupada com a forma como ele irá lidar com a Bíblia, considerando-se o que ele fez com o ballet.

Estas preocupações passaram de uma simples suspeita para realidade antes mesmo do filme ter sido lançado, quando o próprio veio publicamente afirmar que “Noah” seria não só uma peça de propaganda ambientalista como também o filme bíblico “menos bíblico” já feito.
Ele não estava a mentir.
Esqueceu-se foi de dizer que é igualmente um filme péssimo.

Matt continua a sua análise ao filme e explica que tipo de cosmovisão eles estão a tentar forçar na mente dos espectadores. Terá de ler a mensagem completa para atentar aos detalhes, mas o sumário é que este filme não tem absolutamente nada a ver com a história bíblica de Noé. É algo que poderia muito bem ter sido feito por activistas dos direitos dos animais ou alarmistas do aquecimento global.

Aqui está a sua conclusão:

Ouvi dizer que comparam este filme com o “Titanic” e o “Gladiador”. Pessoalmente, eu diria que é uma mistura entre “Revolta na Bounty” e “Shining”. Só que com menor coerência do que qualquer um destes dois.

Também ouvi dizer que alguns “líderes Cristãos” estão a endossar este fumegante amontoado de esterco de cavalo herético. Estou tentado a acusar essas pessoas de serem covardes, tontas ou desonestas, mas vou-lhes dar o benefício da dúvida e assumir que eles dormiram nas partes mais problemáticas do filme – como aquela parte no princípio, e aquela no fim, e todas as outras pelo meio.

É verdade que pode ser um pouco difícil discernir a “mensagem” num filme tão repleto de explosões (os Maus têm bazucas, naturalmente), monstros e infanticídio, mas qualquer suposto “líder” Cristão devia esforçar-se um pouco mais [na defesa da fé]. Tome um pouco mais de atenção. Se o fizer, verá uma história que perverte completamente a natureza de Deus, ao mesmo tempo que vira ao contrário a noção de pecado e imoralidade.

Aparte um breve vislumbre de algo que aparenta ser ou violação/estupro ou canibalismo, a maldade é retratada mais como uma questão de comer carne e extrair recursos da terra. Noé – um homem justo na Bíblia – é despojado da sua justiça em favor da obsessão. Deus é despido de toda e qualquer característica, excepto a de espírito vingativo.

Isto não tem a ver com o facto de “Noah” se desviar do texto – é claro que se desvia, o texto original é de apenas algumas páginas – mas antes com o facto de que o filme distorce completa e totalmente a mensagem e o significado da história original.

Se está a considerar a hipótese de ver este filme, eu peço-lhe que reconsidere. Esse dinheiro pode ser melhor empregue noutro lugar. A sério, qualquer outra coisa seria melhor. É um filme bom para pessoas que gostam de ver histórias Bíblicas assassinadas por ateus que tentam impingir uma agenda louca de idolatria ambiental “Earth First”, [ndt: organização radical ambiental de protecção do Planeta] mas não é um bom filme para crentes Judeus e Cristãos. Quando um realizador ateu afirma que fez “o filme menos bíblico de todos os tempos”, você deve acreditar nele.

Esta é uma questão de responsabilização – por que motivo você iria dar o seu dinheiro a alguém que odeia a sua visão do mundo, quando não há outro propósito possível para esse gasto que não o de entreter? Seja um bom administrador do seu dinheiro e não o entregue a pessoas que estão a tentar destruir a sua religião. Há uma abundância de coisas melhores para fazer com esse dinheiro do que o entregar a pessoas que se opõem ao Deus da Bíblia. Você não tem que assistir a um filme só porque é uma novidade e porque se gastou muito dinheiro para o produzir.

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Relembrando a forma como iniciei esta mensagem, pelo sábio conselho de Paulo:

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.

Peço-lhe para reconsiderar o seu Cristianismo “prático” -a forma como aplica na sua vida as consequências da sua escolha espiritual de ter Jesus como seu Senhor e Salvador- e não dê suporte à propaganda ateísta, mesmo que ela tenha uma máquina de marketing multimilionária atrás de si como é o caso de alguns títulos produzidos em Hollywood.

Peço-lho por favor: Não contribua com o seu dinheiro para pessoas e projectos que não só não amam a Deus, como devotam todos os seus recursos a tentar destruir a Sua mensagem.